7.9.07

Sessão de encerramento - fotos


Sessão plenária 3 - fotos


Sessão Direito e Ética da Comunicação

"A linha separadora entre as direcções comercial e editorial [das empresas jornalísticas] é cada vez mais ténue". Foi com esta afirmação que o professor de Jornalismo da Universidade do Minho Joaquim Fidalgo introduziu a comunicação "Realidade e aparências no jornalismo actual - Um estudo de caso", integrada na sessão temática Direito e Ética da Comunicação. Em seguida, o docente apresentou um caso concreto de alegada intromissão de critérios publicitários sobre os jornalísticos, verificado no jornal Público.

Ex-Provedor do Leitor do Público, Fidalgo indicou aos assistentes a publicação de uma coluna informativa da jornalista Margarida Pinto Correia ao longo da edição de 2006 do rali Lisboa-Dakar. Coluna essa encomendada e paga por uma empresa, como garante de publicidade.
"Criou-se um debate no Correio do Leitor entre o público do jornal, o Provedor e o director da empresa", informou Fidalgo, que referiu que "os leitores disseram que era difícil entender se a secção era ou não da responsabilidade do jornal", ao passo que o dirigente da empresa garantiu que caso a palavra 'publicidade' tivesse de figurar no topo da coluna "não haveria contrato" firmado com o Público.

Rui Rocha

Sessão de Multimédia e Videojogos

A sessão de Multimédia e Videojogos da manhã desta sexta-feira teve como linha de união entre as várias comunicações, a “filtragem e o controlo” da informação e da utilização. Com as crescentes possibilidades dos novos media e a cada vez maior participação de indivíduos nestas novidades, colocam-se novos desafios aos pais e educadores, principalmente. As quatro comunicações presentes foram apresentadas por professores e investigadores de universidades portuguesas, espanholas e brasileiras.

O Prof. Eduardo Campos Pellanda, da PUC-RS, apresentou uma comunicação sobre a tendência de personalização dos conteúdos Web e, consequentemente, dos canais de informação. O título era “Mobilidade e personalização como agentes centrais no acesso individual nas mídias digitais”.

Seguiu-se Fernanda Pinto e Paula Oliveira, da Universidade do Porto, com a comunicação “ Avaliação de Interfaces Web de sítios noticiosos". As investigadoras mostraram um estudo de análise e comparação entre sites informativos, nacionais e internacionais, de acordo com as preferências dos utilizadores.

Marta de Castro Nery, da Universidade de Aveiro, apresentou uma comunicação sobre a evolução da narrativa digital e como ela se articula com a narrativa clássica. O estudo, chamado: “O papel do leitor nas configurações das narrativas digitais”, mostrou que a nova forma de contar histórias, permite a participação directa do leitor.

A comunicação final, intitulada “Pantallas y Adicción", coube às professoras Victoria Viñes e Carmen López-Sanchez, da Universidade de Alicante, que discursaram sobre a potencialidade aditiva dos ecrãs presentes no nosso dia-a-dia, apresentando soluções para um melhor acompanhamento das crianças na era multimédia.

Carolina Carvalho

Bastidores: equipa do audiovisual

Fotos de Victor Ferreira

Sessão Plenária 2:
Identidade, diversidade e cidadania

As questões de articulação entre a identidade cultural e a cidadania foram desenvolvidas por Joseph Straubhaar na segunda Sessão Plenária do Congresso. O investigador passou em revista os diferentes níveis que concorrem para as nossas identidades na sociedade contemporânea (global, multinacional, nacional, regional, local), sublinhando que nem sempre as identidades culturais coincidem com o plano formal da cidadania – por exemplo, um emigrante turco que se tornou cidadão alemão, ou “um chinês de Hong-Kong que, de facto, é cidadão canadiano, com passaporte pronto para se mudar caso as coisas corram mal”, como ironizou.

O próprio investigador disse que tem dificuldade em responder quando lhe perguntam de onde é: cidadão americano, vivendo numa zona muito próxima da fronteira com o México (com forte presença de latinos), passou muitos anos também no Brasil, país com o qual em alguma parte se identifica igualmente. “Há tempos perguntaram-me de onde era, e eu respondi que era… enfim… que era cidadão do Hemisfério Ocidental…”, comentou com uma gargalhada.

Divina Frau-Meigs, pelo seu lado, desenvolveu os temas da diversidade cultural e da “governance” nas sociedades actuais, entendida esta como a capacidade de os cidadãos participarem activamente nos processos de deliberação pública, para além ou independentemente das estruturas formais de poder (legislativo e executivo).

Neste contexto – em que integrou o funcionamento dos “media” – salientou a sua preferência pela co-regulação em vez da auto-regulação, por entender que esta última pode levantar o problema de os seus autores serem “ao mesmo tempo juiz e parte” dos processos que regulam. A co-regulação, em contrapartida, abre a possibilidade de participação dos diferentes actores envolvidos nos processos de comunicação pública.

A investigadora francesa (mas de origem catalã) enfatizou, por outro lado, o carácter imprescindível de uma educação para os “media” como condição prévia para qualquer exercício de cidadania efectiva e responsável nos dias de hoje.

Fazendo um paralelo com a “Primeira Emenda” americana (que estabelece a liberdade de expressão como uma liberdade prévia a todas as outras, e a sua garantia como caminho para a garantia de todas as outras), afirmou que a educação para os “media” deve também ser encarada como uma educação “prévia a todas as demais educações”, sob pena de estas ficarem incompletas. O exercício da cidadania num mundo tão mediatizado como o que hoje temos, não é possível sem este tipo de educação – afinal, uma nova literacia.

Joaquim Fidalgo

Sessão de Estudos Fílmicos

Na sessão de Estudos Filmicos, foram discutidos temas como a literacia inerente ao cinema, ou o factor educativo nesta área, mas a questão das vanguardas acabou por gerar um debate aceso. Os convidados, Vítor Reia-Baptista, Mirian Tavares e Cesar Baio perguntavam-se se, hoje em dia e no futuro, ainda haveria espaço para a vanguarda.

Para Mirian Tavares, o uso das tecnologias criou uma nova relação entre as câmaras e os utilizadores. A noção de temporalidade mudou, mas no fundo isso não muda muito o que se faz, e os conteúdos que se filmam. “Já não há propriamente vanguarda, há uma reciclagem de sentidos. A vanguarda é já uma palavra esvaziada de sentido”, argumentava Mirian.

Para Vítor Reia-Baptista, os videoclipes, que se podem inserir na videoarte, poderiam ser considerados vanguarda. No entanto, os respectivos conteúdos são redundantes, o que arruína essa possibilidade.

Apesar de cépticos em relação às futuras vanguardas, “contar uma boa história” ou “estar atento” hão-de ser motivo para criar bom cinema, segundo os convidados.

Cláudia Lomba

Sessão de Jornalismo

“A presença de crianças e jovens em prime-time noticioso. Um estudo de caso de 72 noticiários emitidos em 2005”. Este foi o tema da comunicação apresentada pela investigadora Cristina Ponte, da Universidade de Lisboa, que realizou o estudo juntamente com as investigadoras Bruna Afonso e Raquel Pacheco, da mesma Universidade. A investigação concluiu que as notícias referentes a maus tratos, saúde e educação são as mais divulgadas e têm maior destaque nos canais privados (SIC e TVI) do que no canal público (RTP).

Ana Isabel Martins, da Universidade de Coimbra, discorreu sobre o tema “ Ser ou não ser… Europa”, tendo afirmado que, com base na sua investigação, as pessoas se identificam cada vez mais com a Europa enquanto espaço de pertença comum. Por outro lado, os jornais de diversos países europeus abordam cada vez mais temáticas com um enfoque também europeu, e não apenas nacional.

Cidália Barros

Sessão de Estudos Televisivos

Eduardo Cintra Torres, da Universidade Católica Portuguesa, apresentou a comunicação "A mala-posta inglesa e o autocarro da selecção", onde comparou dois textos separados entre si 155 anos. O primeiro é um ensaio literário de 1849, a respeito da difusão, por meio de diligências do correio inglês, sobre as vitórias militares contra a França na Guerra Peninsular. O segundo é a transmissão televisiva em directo da viagem da Selecção Nacional de Futebol, em 2004, a bordo de um autocarro entre Alcochete e o Estádio da Luz, em Lisboa. Cintra Torres concluiu que “o que liga mais as pessoas são as emoções”. Segundo o investigador "Ambos os textos servem de um símbolo individualizado (a mala-posta/o autocarro) e de um símbolo colectivo (a multidão) para representar a fusão ao mesmo tempo temporal e atemporal entre o colectivo e uma idéia de pátria".

Nuno Goulart Brandão, do Instituto Superior de Novas Profissões, falou sobre “Responsabilidade social da Televisão, novos mercados e incertezas”. Defendeu que o o serviço público é importante, pois "existem conteúdos que só surgem porque há um suporte publicitário por trás, para obter audiências". Concluiu que "a televisão é uma representação do quotidiano e dificilmente podemos passar sem ela. Tem um importante papel na vida quotidiana, como um verdadeiro exercício de cidadania, o que faz aumentar o seu peso de responsabilidade social na sociedade".

Felisbela Lopes, da Universidade do Minho, apresentou o estudo "SIC e TVI longe das recomendações da ERC (Entidade Reguladora de Comunicação)". Para a investigadora, apesar da deliberação desta entidade, estes canais não cumprem o que lhes foi imposto, como a diversificação de géneros de informação. Segundo Felisbela Lopes, "somos bombardeados todos os dias por ficção, onde as personagens passam de enredo para enredo" e a situação tente a permanecer como está "porque há muito silêncio".

Vânia Castro.

Sessão plenária 2 - fotos












Lula adopta uma "postura messiânica"

A segunda comunicação da sessão Jornalismo e Política também teve como tema o governo brasileiro, mais especificamente a figura do Presidente da República Lula da Silva. Após a apresentação de vários dados sobre o percurso político do ex-sindicalista, a investigadora da Universidade do Paraná, Luciana Panke, ligou o sucesso de Lula à "postura messiânica" que adopta.

São "um carisma e uma aura especiais" que estão, no entender da investigadora brasileira, na base da recente reeleição do 'Presidente do povo'. Mas a sua imagem pública é sujeita a sucessivas e propositadas operações de marketing: "O dia do aniversário de Lula aconteceu durante a última campanha. Pessoas de mãos dadas foram filmadas num jardim, com o céu azul e o Sol brilhante a 'pintar' a bandeira do Brasil. Em seguida surgiu um Lula sorridente e foi cantado 'parabéns Brasil' em vez de 'parabéns Lula', revelou Panke.

Para a personificação do herói mítico em Lula contribuem declarações suas como "os brasileiros viviam na escuridão e agora têm luz" e "existe alguém que não só olha para eles, mas está ao lado deles", garantiu a investigadora.

Rui Rocha

"Ciberdemocracia
é inconciliável com analfabetismo"

A primeira oradora da sessão temática Jornalismo e Política, Tânia Covas Pereira, criticou o "forte uso das tecnologias na comunicação política brasileira, criando uma elite de conhecimento, formada por aqueles que têm acesso à Internet".
Em apresentação da sua tese de mestrado, Tânia Pereira indicou que a "ciberdemocracia é inconciliável com o analfabetismo" que continua a assolar o Brasil.
"Há pessoas que não sabem sequer assinar o nome, quanto mais ajudar a concretizar o ideal da ciberdemocracia", enfatizou, acrescentando que é necessário "fazer com que a escrita deixe de ser um obstáculo no Brasil, para só depois avançar para o uso das tecnologias da comunicação".
A oradora mostrou-se também cáustica relativamente ao Presidente da República do Brasil, Lula da Silva. Lembrando o 'caso mensalão' e vários outros acontecimentos polémicos que têm sido protagonizados pelo Partido dos Trabalhadores, actualmente no poder, Covas Pereira assegurou que "no Brasil quando algo corre mal não é o candidato que é acusado, mas o seu tesoureiro" e afirmou que "as políticas sociais do governo não chegam a todos, tendo somente um efeito romântico" sobre o povo.

Rui Rocha

Web 2.0 em destaque na sessão da manhã

A sessão temática subordinada ao tema “Tecnologia, Linguagem e Cidadania” debruçou-se, em duas das comunicações apresentadas, sobre o uso da Web 2.0.
A primeira, intitulada “Comunidade cientifica reloaded: o acesso a recursos científicos online na ‘Web social’”, da autoria de Jorge Martins Rosa, apresenta a Web 2.0 como portadora de um “carácter colectivizante” evidenciando o “lado social das suas aplicações”.
Na mesma linha, Alberto Sá destaca a influência que a Web 2.0 exerce na representação que cada indivíduo tem de si, ou seja, na meta-memória. Segundo este estudo, denominado “A Web 2.0 e a meta-memória”, a Internet “promove o relacionamento entre as pessoas e o encontro de uma mentalidade com a partilha de ideias, opiniões ou conteúdos”. Esta partilha é facilitada pela criação de páginas como o Myspace, o Hi5, o You Tube, entre outros. Tendo em consideração que “uma parte da consciência de si é moldada pelo que se manifesta na Web”, esta poderá ser considerada, segundo o investigador, “uma gigantesca memória”.

Acesso aos jornais online está a aumentar entre os docentes

Num inquérito feito aos docentes dos departamentos de Ciências Sociais e de Artes e Humanidades da Universidade Nova de Lisboa, Jorge Martins Rosa conclui que 42% dos inquiridos consulta com alguma frequência jornais online. Estes resultados revelam, segundo o investigador, que o recurso a este meio está a aumentar, assim como a frequência com que os docentes se servem dele.

O inquérito revela ainda que, dentro do corpo de docentes daquela instituição, os assistentes são o grupo que apresenta um grau de utilização da Web mais elevado. Este resultado poderá dever-se ao facto de se situarem numa faixa etária mais jovem, adianta Jorge Rosas.

SEssão plenária 2 - em directo

A sessão plenária 2 do 5º SOPCOM está neste momento a ser transmitida via Internet, em directo.
Ligação aqui (quem preferir assistir directamente no Windows Media Player deve clicar aqui).

Manhã Dois - bastidores








Convidados em discurso directo

Divina Frau-Meigs

“Eu creio que há um cidadão real que está muito cansado, que passa o tempo a trabalhar, a consumir, e que dá muita atenção às coisas da cidadania. Creio que, aqui, a mediação dos profissionais dos media é uma exigência para se poder solucionar esta distância entre o espectador real e o cidadão ideal. Há que trabalhar o aspecto social, cívico, para não se deitar tudo para o público. É tudo um problema ético, este de falar da cidadania como responsabilidade e autonomização do indivíduo. Cidadania é uma palavra muito fácil de dizer, quando na realidade o indivíduo tem muito pouco poder sobre as estruturas e as instituições.”

Rosental Calmon Alves

“O tema da SOPCOM não podia ser mais apropriado porque uma das coisas mais importantes que estão a acontecer com a revolução do digital é uma nova relação entre a cidadania e os meios de comunicação. As audiências dos meios de comunicação, que eram tradicionalmente muito passivas, estão a tornar-se muito activas. O mundo está a mudar completamente. Estamos numa época de emergência de novos paradigmas da comunicação e entre os mais importantes está a possibilidade de diálogo. A comunicação deixa de ser um monólogo ou um sermão e passa a ser mais uma conversa.”

Victoria Camps

“A liberdade de expressão é um direito fundamental que hoje se deteriora porque o que se chamou, outrora, um debate livre de opiniões, hoje converteu-se no mercado das ideias. O que eu vou fazer neste Congresso é colocar em questão uma ideia muito clássica dentro da filosofia: a de que o livre debate de opiniões gera a verdade. Quando o livre debate de opiniões se converte no mercado das ideias, não gera a verdade, pois vale tudo, incluindo a ideia menos interessante e a menos inteligente.”

Joseph Straubhaar

“ ‘Comunicação e Cidadania’ é um tema bem interessante, especialmente nos nossos dias em que temos possibilidades tecnológicas de interagir e de participar como cidadãos, e em que também há muitos novos níveis de identidade e de interacção cultural. Não é só ser cidadão de uma nação, de uma cidade ou região; é também ser cidadão com várias possibilidades mundiais de interagir com vários grupos de interesse e actividades. Tecnológica e culturalmente, temos mais possibilidades de sermos cidadãos.”
Margarita Ledo

“Neste momento, enquanto presidente da LUSOCOM, que agrupa as associações de investigadores de pesquisa e comunicação dos países lusófonos, entendo que há que repensar a relação entre cidadania e comunicação. Esta é uma questão constitutiva da sociedade do conhecimento. A cidadania é entendida como igualdade, isto é, como o acesso à comunicação de todos os cidadãos, o que implica terminologias, o uso de determinados códigos e alfabetização mediática.”

Mário Mesquita

“Foco a questão da cidadania, no sentido de perguntar por que motivo existe a ideia de que houve, no passado, uma idade do ouro da cidadania e, por isso, a minha comunicação se intitula “ À procura da cidadania perdida”. Foram várias as épocas intermédias, ao longo dos séculos XIX e XX, em que o conceito de cidadania coexistia com a escravatura. Há nostalgia, não da cidadania, mas de um elemento que está, por vezes, associado, que é essa ideia de cidadão, que se chama militância, num período de mudança social e política.”

Francisco Sierra Caballero

“Eu acho que as políticas públicas são a questão primária para discutir a cidadania, porque, na era da sociedade da informação, o verdadeiro problema não é o acesso à brecha digital. O problema é como a cidadania participa no exercício do espaço público, na constituição da política e nas relações entre os cidadãos. Na UE, apesar dos discursos de acesso e de igualdade no campo da cultura e da comunicação, não há políticas públicas e a determinação dessas políticas vai fazer possível uma nova cidadania mais ‘dialógica’, mais plural e mais heterogénea, na qual o cidadão não é só consumidor mas também, de algum modo, criador.”

Sónia Virgínia Moreira

“Mais do que nunca, “Comunicação e Cidadania” é um tema apropriado, porque o cidadão é cada vez mais um cidadão de vários lugares do mundo. Na maior parte do mundo, os cidadãos estão a tornar-se parte da comunicação. São eles que estão a fazer a comunicação. As novas tecnologias ajudam a fazer com que o cidadão participe cada vez mais nesse processo de colecta e distribuição de informação.”

Paquete de Oliveira

“Há uma relação difícil entre estes dois pólos: comunicação e cidadania. Eu acredito que a cidadania é a instituição que pode rentabilizar ao máximo todos os mecanismos para podermos ter uma informação e uma programação televisivas mais consentâneas com os interesses da sociedade portuguesa. Na sociedade democrática de hoje, fala-se muito dos direitos e deveres do cidadão. O Provedor do Espectador é uma entidade promotora de auto-regulação, ou seja, escuta a opinião dos telespectadores e avalia quais são os seus interesses, para que essa televisão possa ter cada vez mais qualidade.”